A música do Led Zeppelin é quase um personagem nesta excelente minissérie da HBO

Alice e Camile, no episódio "Fix". Foto: Anne Marie/FOX-HBO

Sharped Objects (Objetos Cortantes), minissérie de 8 capítulos da HBO, acabou há 2 anos, mas, devido à pandemia, pérolas ficam mais fáceis de serem descobertas.

Baseada no livro homônimo de Gillian Flynn, norte-americana, e dirigida pelo talentoso canadense Jean-Marc Vallée, ex-Big Little Lies (uma das melhores séries da HBO), conta a história de Camille (Amy Adams, que também foi produtora executiva da série), uma repórter perturbada que é solicitada pelo seu chefe a cobrir o assassinato de duas adolescentes, onde? Na sua provinciana e, aparentemente, pacata cidade natal. Será que seus problemas começaram nesta cidade? Sim! E é no caminho para esta cidade que começa a tocar Led Zeppelin, paixão instantânea pela série (risos).

Clima noir, claustrofóbico, no melhor estilo “o destino está próximo”, começa “I can’ t quit you baby”, ela precisava de uma música para escapar dali. Por que o diretor escolheu Led Zeppelin?  “Para muitos de nós, na nossa adolescência, sem Led Zeppelin poderia ser sido tudo mais difícil. Tem que ser uma banda muito significativa, a ser sentida por gerações.” disse Vallée. Susan Jacobs, supervisora musical e premiada parceira de Vallée em Big Little Lies, foi atrás das burocráticas aprovações das músicas antes mesmo dos episódios serem produzidos, levaram meses até a aprovação final. Teve que convencer a Warner do quanto a profundidade e honestidade das músicas do Led Zeppelin dariam o clima perfeito para a série.

Led Zeppelin
Led Zeppelin

O fã identifica facilmente “I can’t quit you baby”, “In the evening”, “ What is and what should never be” e “Thank you”, mas algumas partes delas  aparecem 23 vezes na série, e, claro, todas tiveram sua razão de ser em cada cena, seja pela letra ou pelo tipo de emoção que provoca, como toda música bem usada na arte. Questionada sobre um plano B, caso não conseguisse a autorização do Led Zeppelin, Jacobs respondeu: “Talvez The Rolling Stones, porém nunca pensamos muito em plano B”. Não acho que funcionaria, talvez com uma ou outra música, Stones tende a ser mais alegre, mais sociável, longe da natureza de Camille. 

Filha de uma mãe psiquiátrica, perdeu sua irmã por razões só reveladas no final, esta foi mais fácil ser vítima, Camille, mais rebelde, conseguiu escapar com sequelas, como o alcoolismo, tabagismo e automutilação, sua rebeldia a salvou das garras da mãe.

Ela ouve Led Zeppelin sem se mexer, sem cantar junto, usa quase que como um mantra antes da batalha começar, no final você vai descobrir o porquê.

Led Zeppelin ajudou a amenizar a dor de Camille, fez o mesmo com você?

Fonte: Canal Carol Moreira e businessinsider.com  


Patricia Fawkes é cantora, compositora, fã de qualquer arte e apaixonada por rock, principalmente Led Zeppelin.

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