Centro Cultural Penha sedia o Festival Mulheres Independentes S/A

Por Nelson Souza Lima

 

Em março, o Centro Cultural Penha preparou uma programação especial para homenagear as mulheres. Cada vez mais empoderadas, cientes de seus direitos e sem cessar a luta por igualdade, as mulheres têm galgado postos e pontos significativos na sociedade. Para enaltecer essa luta, o CCP organizou o Festival Mulheres Independentes S/A com artistas e bandas talentosas, poderosas e batalhadoras. 

Os shows acontecem de 5 de março a 2 de abril, com entrada gratuita, marcando o ecletismo, capacidade criativa e atitude das mulheres. Lembrando que o CCP, assim como os demais equipamentos públicos, segue os protocolos sanitários. Para entrar no espaço é necessário apresentar o comprovante de vacinação contra a Covid-19. (colaboração de Nelson Souza Lima)

Centro Cultural Penha – Fone: 2095-6472
O CCP esta localizado no Largo do Rosário, 20. A dez minutos do Metrô Penha, Linha Vermelha.


Dia 5 de março – 20 horas

MARIAMA CAMARA

Quem abre o Mulheres Independentes S/A é a guineense Mariama Camara. Musicista, cantora e bailarina, Mariama é um furacão no palco. Suas apresentações são marcadas pela força e energia desse país africano com tanta cultura e belezas naturais. A força percussiva é marca do trabalho da guineense e acompanhada pelo grupo Limaya (formado por Abou Cisse, Loupeta Sako, Bofory e Assane Moupo) convida o público a dançar. Impossível ficar impassível ao som da banda. A dança contagiante em ritmos marcantes, sonoridade feita por instrumentos tradicionais como Dununs e Djembe dão o tom especial ao espetáculo.

Grátis
Livre – Necessária apresentação do comprovante de vacinação contra a Covid-19
Retirar ingressos uma hora antes na bilheteria
Inf: 2095-4068
Facebook/centroculturalpenha
@centroculturalpenha


Dia 6 de março – 19 horas

BANDA MALURIA 

Criada em 2019, a banda, com influências de punk e hardcore, é formada por Bianca Santos (guitarra/voz), Carol Cagnini (bateria) e Moni Oliveira (baixo/voz). As letras do trio são vorazes e contestatórias, mostrando que nenhuma mulher deve ser rebaixada por sua condição social, cor ou opção sexual. “Francamente”, primeiro clipe oficial da banda, teve boa recepção do público e cada dia tem mais views nas redes sociais. Sedimentando o nome na cena ‘underground’, o Maluria surge como uma das boas revelações do Mulheres Independentes S.A. Grátis

Grátis
Livre
Retirar ingressos uma hora antes na bilheteria
Inf: 2095-4068


Dia 12 de março – 20 horas

LUIZA PESSOA

A paulistana Luiza Pessoa faz da música e poesia sua razão de viver. Suas letras/poesias retratam o cotidiano e como enfrentar as adversidades que serão sempre o norte de sua obra.

Grátis
Livre
Retirar ingressos uma hora antes na bilheteria
Inf: 2095-4068


Dia 19 de março – 20 horas

CLANDESTINAS

Surgida em Jundiaí, grande São Paulo, em 2017, a Clandestinas é uma banda que se destaca não apenas por sua música, mas também pela postura contundente diante de uma sociedade opressora. Lutar contra o machismo, misoginia e preconceito é o intuito do trio Camila Godoi (contrabaixo/voz), Alline Lola (guitarra/voz) e Natália Benite (bateria/voz). Em maio de 2020, elas lançaram o primeiro álbum, autointitulado com treze faixas, as quais têm influências distintas como Mercenárias, Cássia Eller, Elza Soares, Linn da Quebrada, Letrux, Karina Buhr e Mulamba. Além das referências musicais, o grupo também se inspira em pensadoras/escritoras que fazem a sociedade refletir, entre elas, Djamila Ribeiro, Amelinha Teles, Danielle Tega e Heleieth Saffioti.

“Nós acreditamos que a construção de uma sociedade mais justa se dá através da inclusão de todos os corpos no acesso a direitos e à cidadania independentemente dos gêneros (homens, mulheres e não-binários) com os quais estes corpos se identificam”, atestam.
Para difundir o trampo, as garotas contam com intensa mobilização coletiva. “Divulgar o disco, o clipe de “Nenhuma a menos”, o lyric vídeo de “Rotina”, além de nossa participação no filme “Pluma Forte”, da Coraci Ruiz, dá-se, principalmente, através de uma rede de pessoas envolvidas na militância feminista. E, também, por “mala direta”, enviando e-mails para o Brasil e exterior, tem se mostrado bastante valiosa”, declara o trio.

E o trabalho árduo tem dado resultado com canções executadas em rádios gringas dos Estados Unidos, Austrália e Espanha. “Em março começaremos a tocar em rádios chilenas também. Para nós é uma grande felicidade nos sentirmos acolhidas, cantando em língua portuguesa, em outros países. E desejamos que o fortalecimento advindo deste intercâmbio seja de mão dupla”, afirma a Clandestinas.
Sobre a atual situação política o trio considera esta onda neoconservadora como uma reação às conquistas de direitos de grupos populacionais vulneráveis como mulheres, pessoas e população LGBTQUI+. É um momento histórico perverso, mas é o momento histórico em que nos coube viver, resistir e lutar pela construção de uma sociedade mais justa”. Para este show a guitarrista Joana Cid substituirá Aline Lola.

Classificação – 12 anos
Grátis
Retirar ingressos uma hora antes
Inf: 2095-4068
E redes sociais
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@centroculturalpenha


Dia 26 de março – 20 horas

TIME BOMB GIRLS 

De uns tempos para cá, a cena rocker, sobretudo paulistana, viu emergir uma considerável gama de bandas formadas somente por garotas. Entre elas, podemos citar Nervosa, The Monic e Malvada. Se juntando à esta galera, prometendo detonar as estruturas, o power trio Time Bomb Girls lançou recentemente seu álbum debute, disponível nas plataformas digitais e formato físico.

Surgida no final de 2017, a TBG é formada por Camila Lacerda (bateria/voz), Déia Marinho (baixo/voz) e Sayuri Yamamoto (guitarra/voz). Influenciadas pelo punk rock, rockabilly, surf music, Blues, psychobilly e muita garageira, as meninas evidenciam em “Las Tres Destemidas”, (Monstro Records) que lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive no palco. A bolachinha tá repleta de “Hey Ho, Let’s Go” e as treze faixas contém pitadas generosas de Ramones na sonoridade. Nitroglicerina pura.

No tocante à esta muito bem-vinda “invasão” de grupos femininos, a baixista Déia Marinho diz que o momento é propício não só na música, mas de maneira geral, com a crescente onda feminista.

“Entendemos que precisamos lutar pelo coletivo, que nós mulheres temos que mostrar nossa força e que somos tão boas, senão melhores, que os homens. Entre outras coisas, começamos a sentir a necessidade de estarmos presentes em locais onde há a predominante figura masculina. Se é tendência, espero que continue sendo e que mais mulheres se coloquem à frente da cena musical. Se é coincidência, que bela coincidência.”, atesta. 

“Las Tres Destemidas” foi gravado no estúdio Porto Produções Musical por Raul Zanardo e produção caprichada de Matheus Krempel e Alexandre Saldanha. Os destaques são vários: “Entre Trancos e Barrancos”, “Save Me”, “Quando Eu Crescer”, “Sobrancelhas Selvagens”, “Nanana Surf” e “Waste Of Time”.

Livre
Grátis
Retirar ingressos uma hora antes
Necessário apresentar o comprovante de vacinação contra Covid-19
Inf: 2095-4068


Dia 27 de março – 19 horas

TOYSHOP

O Toyshop é uma das bandas mais legais surgidas nos anos 90. Muito veiculada na MTV, realizou várias turnês fora do Brasil, tendo influências do punk e rock pesado com letras em inglês.

Formada por Natacha Cersosimo (vocal), Val Santos (Guitarra), Gabriel Weinberg (Guitarra), Guilherme Martin (bateria) e Nando Machado (Baixo). Mais exatamente o grupo foi fundado em 1994, no estado de São Paulo, e lançou seu primeiro disco Party Up, (antigo nome da banda) em 1999.

As canções mais conhecidas da banda são: “Daydream”, “Run Away” e “Everybody Crazy”, das quais as duas últimas fizeram parte da trilha sonora do filme Holiday in the Sun, de 2001.

O quinteto conseguiu reconhecimento maior lá fora, principalmente no Velho Continente, chegando ao primeiro lugar em vários países na parada de singles com a música “Daydream”. A galera deu um tempo, mas retornaram às atividades em 2012, lançando álbuns bem aceitos pelos fãs e crítica. Para 2022 preparam um novo disco, com previsão para o segundo semestre.

Livre
Grátis
Retirar ingressos uma hora antes do evento
Uso de máscara e apresentação do comprovante de vacinação
Inf: 2095-4068 e redes sociais do CCP
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Dia 2 de abril  – 20 horas

BARBARA BLASQUES

Encerrando o Festival Mulheres Independentes S/A, quem sobe ao palco do Centro Cultural Penha é a talentosa Barbara Blasques. Barbara Blasques é musicista, cantora, coralista e compositora. Atua como soprano no Coral Jovem do Estado de São Paulo, cursa bacharelado em Canto e Arte Lírica na Universidade de São Paulo (USP) e é formada pela EMESP – Escola de Música do Estado de São Paulo no curso de Canto Erudito. 

Barbara iniciou os estudos musicais no projeto social Guri Santa Marcelina e já participou de apresentações em locais como a Sala São Paulo, o Theatro São Pedro, MASP, Pinacoteca, Allianz Parque, entre outros, além de aulas em canto. 

Na pandemia iniciou o desenvolvimento de um projeto de composição em música eletrônica que une forças com a bagagem dos estudos formais em música, principalmente no que se refere a estética do canto presente no álbum. 

Os recentes trabalhos de Barbara, além do projeto, incluem a apresentação de um repertório renascentista em quarteto no Theatro São Pedro, realizado com todos os protocolos de segurança e público reduzido em maio de 2021. 

O repertório contou com as obras “Matona Mia Cara” (Orlando di Lasso) e “Pastime With Good Company” (Henry VIII). Ao longo de 2021 também, Barbara integrou a programação “Os Tons da EMESP” com o Duo “Meninas” peça contemporânea para percussão e voz, além de atuar no Coral Jovem do Estado nas programações da Sala São Paulo e do Theatro São Pedro.

Livre
Grátis
Retirar ingressos uma hora antes na bilheteria
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